Atividade Física e Função Respiratória: Análise da Composição Corporal e dos Valores Espirométricos

Autores

  • Rui Paulo Escola Superior de Educação. Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco. Portugal.
  • João Petrica Escola Superior de Educação. Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco. Portugal.
  • Júlio Martins Departamento de Ciências do Desporto. Universidade da Beira Interior. Covilhã. Portugal. CIAFEL - Centro de Investigação em Actividade Física, Saúde e Lazer. Faculdade de Desporto. Universidade do Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.70

Resumo

Objetivo: A presente investigação tem como principal objetivo verificar os efeitos da atividade física na composição corporal (índice de massa corporal e perímetro da cintura), nos valores espirométricos e relacionar esses indicadores com a função respiratória.
Material e Métodos: A amostra, constituída por 86 indivíduos, alunos do ensino superior, com média de idade de 21,3 ± 2,4 anos, foi dividida em dois grupos: grupo de controlo constituído por 28 sujeitos sedentários (20,9 ± 1,3 anos), e grupo experimental constituído por 58 sujeitos (21,5 ± 2,8 anos) praticantes de exercício supervisionado. Para caraterizar a amostra quanto ao tipo de atividade física,
aplicámos uma adaptação do questionário de Telama et al. Avaliaram-se os valores de espirometria (DEMI, VEF1 e CVF) com o espirómetro Microquark da Cosmed e os valores de índice de massa corporal e perímetro da cintura. Os dados obtidos foram tratados no S.P.S.S. 19.0, através do t-test, do teste de Levene, do teste Mann-Whitney e do teste de correlação de Spearman, adotando-se um nível de significância de 5%.
Resultados: O grupo experimental obteve resultados significativamente melhores (p ≤ 0,05) nos valores de índice de massa corporal, do perímetro da cintura e em todos os valores avaliados pela espirometria (DEMI, VEF1 e CVF), comparativamente ao grupo de controlo. Verificámos também que há uma tendência para correlação negativa entre os valores da composição corporal e os valores espirométricos, apenas observável em algumas variáveis (DEMI, VEF1), ou seja, quanto maiores os valores da composição corporal, menores os valores espirométricos.
Conclusão: Os alunos com prática de exercício supervisionado, apresentaram melhores índices de composição corporal e de função respiratória. Valores de índice de massa corporal e de perímetro da cintura desajustados poderão provocar disfunção respiratória, ao
nível da ventilação e respetivos volumes pulmonares, limitando a prática de atividade física e aumentando a apetência para patologias respiratórias.

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Biografias Autor

Rui Paulo, Escola Superior de Educação. Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco. Portugal.

Unidade Técnico-científica de Ciências, Desporto e Artes.

Área científica de Desporto e Bem-estar.

João Petrica, Escola Superior de Educação. Instituto Politécnico de Castelo Branco. Castelo Branco. Portugal.

Júlio Martins, Departamento de Ciências do Desporto. Universidade da Beira Interior. Covilhã. Portugal. CIAFEL - Centro de Investigação em Actividade Física, Saúde e Lazer. Faculdade de Desporto. Universidade do Porto. Portugal.

Publicado

2013-06-21

Como Citar

1.
Paulo R, Petrica J, Martins J. Atividade Física e Função Respiratória: Análise da Composição Corporal e dos Valores Espirométricos. Acta Med Port [Internet]. 21 de Junho de 2013 [citado 14 de Maio de 2024];26(3):258-64. Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/70

Edição

Secção

Original