Diabetes Gestacional – Rastreio Pós-parto

Autores

  • Ana Carocha Serviço de Obstetrícia. Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Lisboa. Portugal.
  • Cláudia Rijo Serviço de Obstetrícia. Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Lisboa. Portugal.
  • Njila Amaral Serviço de Obstetrícia. Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Lisboa. Portugal.
  • Francisca Aleixo Serviço de Obstetrícia. Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Lisboa. Portugal.
  • Tiago Rocha Serviço de Obstetrícia. Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.46

Resumo

Introdução: Um terço das mulheres com diabetes gestacional terá o diagnóstico de diabetes ou alteração do metabolismo da glicose no rastreio pós-parto.

Objectivo: Avaliar a percentagem de mulheres submetidas a rastreio pós-parto e associar o resultado com a história materna.

Métodos: Estudo retrospectivo de 1013 gravidezes com diabetes gestacional (2005-2009). Dividiu-se a população em dois grupos de acordo com o resultado: normal (grupo 1) e com diabetes ou alteração do metabolismo da glicose (grupo 2). Para ambos os grupos foram avaliados: idade materna, índice de massa corporal, ganho de peso na gravidez, idade gestacional do diagnóstico, necessidade de administração de insulina, factores de risco para diabetes gestacional e peso do recém-nascido.

Resultados: O rastreio pós-parto foi realizado em 76,8% das mulheres (n=778). O teste foi considerado normal (grupo 1) em 628 mulheres (80,7%) e alterado (grupo 2) em 150 mulheres (19,3%). O Grupo 2 teve mulheres mais velhas (idade média de 34 vs 33 anos; p-value 0,013), com maior índice de massa corporal (28,5 vs 25,8kg / cm2; p-value 0,000), maior número de mulheres com história familiar em primeiro grau de diabetes mellitus (50,3% vs 39,9%; p-value 0,026) e história pessoal de macrossomia prévia (12,1% vs 5,4%; p-value 0,003). O diagnóstico mais precoce da diabetes gestacional foi também feito nesse grupo (27 vs 31 semanas; p-value 0,000) e uma maior percentagem efectuou insulina (41% vs 15%; p-value 0,000), tendo iniciado mais cedo a sua administração (28 vs 30 semanas; p-value 0,010). Verificou-se uma maior percentagem de grávidas multíparas no grupo 2 (64% vs 49,4%; p-value = 0,001) e um maior número de casos de recém-nascidos grandes para a idade gestacional (17,1% vs 8,3%; p-value = 0,001). A história pessoal de diabetes gestacional e ganho de peso durante a gestação foi semelhante nos dois grupos.

Conclusões: As mulheres com alteração nos resultados do rastreio pós-parto são geralmente mais velhas, mais pesadas, multíparas, com história familiar em primeiro grau de diabetes Mellitus e história pessoal de macrossomia prévia. O diagnóstico de diabetes gestacional foi mais precoce neste grupo, mais frequentemente necessitaram de terapêutica com insulina com início mais cedo e verificou-se um maior número de recém-nascidos grandes para a idade gestacional.

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Publicado

2012-07-23

Como Citar

1.
Carocha A, Rijo C, Amaral N, Aleixo F, Rocha T. Diabetes Gestacional – Rastreio Pós-parto. Acta Med Port [Internet]. 23 de Julho de 2012 [citado 14 de Maio de 2024];25(3):165-8. Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/46

Edição

Secção

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