Causas de Morte em Portugal e Desafios na Prevenção
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.26Resumo
Em Portugal, a esperança de vida, em termos de probabilidades, quer ao nascer como aos 65 anos de idade, atingiu níveis que rep- resentam enormes ganhos e que, naturalmente, refletem as bem-sucedidas iniciativas desenvolvidas por diversos setores nos últimos 30 anos. Em 2008-2010, a esperança média de vida ao nascer era de 79,20 anos para homens e mulheres. Por contraste, em 1980 a esperança média de vida era de 71,78 anos.
Acresce que a mortalidade prematura, expressa em termos de taxa, representa a probabilidade de morrer antes de atingir 70 anos de idade, se encontra presentemente nos 24,3%, o que significa que cerca de um em cada quatro cidadãos portugueses morre antes de perfazer os 70 anos. As principais causas de morte e o número de anos perdidos na população portuguesa quando morre antes de fazer 70 anos (anos de vida perdidos), para ambos os sexos, inclui: acidentes de viação – 22.550 anos; tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmões – 19.768 anos; doenças vasculares cerebrais – 16.070 anos; suicídios – 14.753 anos. É importante analisar es- tes dados e a sua evolução para perceber o seu impacte e poderem ser implementadas medidas corretivas eficazes. O contributo de ações e programas para prevenir algumas das citadas causas de morte e anos potenciais perdidos carece ainda de ser objetivamente interpretado, mas é bem conhecida a importância de reduzir fatores de risco, como o tabaco e o consumo excessivo do álcool, de encorajar a alimentação saudável em termos nutricionais e calóricos, de promover o exercício físico regular e de melhorar a informa- ção e educação em saúde na redução de muitas doenças crónicas não transmissíveis o que, por sua vez, se reflete na diminuição da mortalidade prematura. É essencial analisar as causas que antecipam a morte da população portuguesa e a causa das causas, ou seja, os fatores de risco, e desenhar programas que reduzam a exposição dos cidadãos a riscos evitáveis, o que constitui a essência de todos os programas de saúde pública.
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