Impacto da Concordância entre os Padrões de Imunofluorescência Indireta dos Anticorpos Antinucleares e os Anticorpos da Miosite nas Miopatias Inflamatórias Idiopáticas: Protocolo do Estudo
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.23542Palavras-chave:
Anticorpos Antinucleares, Immunoblotting, Miosite, Técnica Indireta de Fluorescência para AnticorpoResumo
As miopatias inflamatórias idiopáticas (IIM) constituem um grupo heterogéneo de doenças reumáticas autoimunes sistémicas, nas quais a inflamação crónica do músculo esquelético conduz a fraqueza muscular. Vários outros órgãos, incluindo a pele, o coração, os pulmões e as articulações, podem ser igualmente afetados. Os doentes com IIM podem apresentar anticorpos de miosite (MAs), incluindo anticorpos específicos e/ou associados a miosite. Embora úteis para o diagnóstico de IIM num contexto clínico apropriado, a presença de MAs não prediz necessariamente a ocorrência de doenças do tecido conjuntivo. Adicionalmente, técnicas laboratoriais frequentemente utilizadas, tais como o line blot, podem apresentar elevadas taxas de falsos positivos, sobretudo no caso de MAs raros. A fiabilidade destes testes poderá ser melhorada através da comparação dos seus resultados com os padrões de anticorpos antinucleares (ANA) obtidos por imunofluorescência indireta (IIF) em células HEp-2. Assim, com este trabalho, pretendemos avaliar a concordância entre o padrão de ANA por IIF e os MAs numa coorte portuguesa de doentes com IIM, analisando se a concordância entre técnicas laboratoriais se correlaciona com uma maior taxa de cumprimento dos critérios de classificação para IIM, com maior gravidade da doença ou com envolvimentos de órgão distintos nos doentes afetados.
Downloads
Referências
Dourado E, Bottazzi F, Cardelli C, Conticini E, Schmidt J, Cavagna L, et al. Idiopathic inflammatory myopathies: one year in review 2022. Clin Exp Rheumatol. 2023;41:199-213.
Liu Y, Zheng Y, Hao H, Yuan Y. Narrative review of autoantibodies in idiopathic inflammatory myopathies. Ann Transl Med. 2023;11:291.
Lundberg IE, Fujimoto M, Vencovsky J, Aggarwal R, Holmqvist M, Christopher-Stine L, et al. Idiopathic inflammatory myopathies. Nat Rev Dis Primers. 2021;7:87.
Betteridge Z, Tansley S, Shaddick G, Chinoy H, Cooper RG, New RP, et al. Frequency, mutual exclusivity and clinical associations of myositis autoantibodies in a combined European cohort of idiopathic inflammatory myopathy patients. J Autoimmun. 2019;101:48-55.
Harvey GR, MacFadyen C, Tansley SL. Newer autoantibodies and laboratory assessments in myositis. Curr Rheumatol Rep. 2024;27:5.
van Dooren SH, van Venrooij WJ, Pruijn GJ. Myositis-specific autoantibodies: detection and clinical associations. Auto Immun Highlights. 2011;2:5-20.
Chan EK, von Mühlen CA, Fritzler MJ, Damoiseaux J, Infantino M, Klotz W, et al. The International Consensus on ANA Patterns (ICAP) in 2021-The 6th workshop and current perspectives. J Appl Lab Med. 2022;7:322-30.
Schumacher F, Zimmermann M, Kanbach M, Schulze W, Wollsching-Strobel M, Kroppen D, et al. Clinical relevance of positively determined myositis antibodies in rheumatology: a retrospective monocentric analysis. Arthritis Res Ther. 2024;26:132.
Loganathan A, Zanframundo G, Yoshida A, Faghihi-Kashani S, Bauer Ventura I, Dourado E, et al. Agreement between local and central anti-synthetase antibodies detection: results from the classification criteria of anti-synthetase syndrome project biobank. Clin Exp Rheumatol. 2024;42:277-87.
Vulsteke JB, De Langhe E, Claeys KG, Dillaerts D, Poesen K, Lenaerts J, et al. Detection of myositis-specific antibodies. Ann Rheum Dis. 2019;78:e7-10.
Infantino M, Tampoia M, Fabris M, Alessio MG, Previtali G, Pesce G, et al. Combining immunofluorescence with immunoblot assay improves the specificity of autoantibody testing for myositis. Rheumatology. 2019;58:1239-44.
He J, Wei X, Sturgess A. Concordance between myositis autoantibodies and anti-nuclear antibody patterns in a real-world, Australian cohort. Rheumatology. 2022;61:3792-8.
Lundberg IE, Tjärnlund A, Bottai M, Werth VP, Pilkington C, Visser M, et al. 2017 European League Against Rheumatism/American College of Rheumatology classification criteria for adult and juvenile idiopathic inflammatory myopathies and their major subgroups. Ann Rheum Dis. 2017;76:1955-64.
Reuma.pt (Registo Nacional de Doentes Reumáticos). Área dos médicos. [cited 2025 Oct 02]. Available from: https://app.reuma.pt/reuma/Login.aspx?tipoBD=&lang=pt_PT.
Dourado E, Melo AT, Campanilho-Marques R, Bandeira M, Martins P, Fraga V, et al. The idiopathic inflammatory myopathies module of the Rheumatic Diseases Portuguese Register. ARP Rheumatol. 2023;2:188-99.
Palterer B, Vitiello G, Carraresi A, Giudizi MG, Cammelli D, Parronchi P. Bench to bedside review of myositis autoantibodies. Clin Mol Allergy. 2018;16:5.
Huang HL, Lin WC, Tsai WL, Weng CT, Weng MY, Wu CH, et al. Coexistence of multiple myositis-specific antibodies in patients with idiopathic inflammatory myopathies. J Clin Med. 2022;11:6972.
Stuhlmüller B, Schneider U, González-González JB, Feist E. Disease specific autoantibodies in idiopathic inflammatory myopathies. Front Neurol. 2019;10:438.
Betteridge Z, Gunawardena H, North J, Slinn J, McHugh N. Identification of a novel autoantibody directed against small ubiquitin-like modifier activating enzyme in dermatomyositis. Arthritis Rheum. 2007;56:3132-7.
Alvarado-Cardenas M, Marin-Sánchez A, Martínez MA, Martínez-Martínez L, Pinal-Fernandez I, Labrador-Horrillo M, et al. Statin-associated autoimmune myopathy: a distinct new IFL pattern can increase the rate of HMGCR antibody detection by clinical laboratories. Autoimmun Rev. 2016;15:1161-6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Acta Médica Portuguesa

Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons

