Adaptation and Validation of Ethics in Health Care Questionnaire Version 2 (EHCQ-2) to European Portuguese

Filipa Moreira; Cecília Leão; João Bessa; Pedro M. Teixeira

doi:10.20344/amp.23531

Autores

Filipa Moreira Department of Otorhinolaryngology and Head and Neck Surgery. Hospital de Braga. Braga. https://orcid.org/0000-0002-9983-3445
Cecília Leão Life and Health Sciences Research Institute (ICVS). School of Medicine. Universidade do Minho. Braga. https://orcid.org/0000-0003-1311-7884
João Bessa Department of Psiquiatry. Hospital de Braga. Braga. & Population Health. Life and Health Sciences Research Institute (ICVS). School of Medicine. Universidade do Minho. Braga. https://orcid.org/0000-0001-6385-2452
Pedro M. Teixeira Population Health. Life and Health Sciences Research Institute (ICVS). School of Medicine. Universidade do Minho. Braga. https://orcid.org/0000-0001-6322-4923

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.23531

Palavras-chave:

Educação de Graduação em Medicina/ética, Ética Médica, Inquéritos e Questionários, Portugal, Reprodutibilidade dos Resultados, Tomada de Decisão/ética, Tradução

Resumo

Introdução: Apesar da tomada de decisão ética ser um pilar fundamental da prática médica persiste uma carência de instrumentos validados para avaliar a sensibilidade ética entre estudantes de medicina, médicos internos e médicos especialistas. Este estudo teve como objetivo adaptar e validar o Questionário de Ética em Cuidados de Saúde – Versão 2 (EHCQ-2) para uso em Portugal, garantindo a sua relevância na avaliação da sensibilidade ética no contexto do sistema de saúde português.
Métodos: O EHCQ-2 foi traduzido para o português e adaptado culturalmente por meio de um rigoroso processo que envolveu tradução e retroversão da tradução, revisão por especialistas, entrevistas cognitivas com profissionais médicos e testes piloto. Um estudo de validação foi conduzido com uma amostra de 156 participantes, incluindo estudantes de medicina, médicos internos e médicos especialistas, para avaliar a confiabilidade e a validade do questionário.
Resultados: O EHCQ-2 adaptado demonstrou boa consistência interna (alfa de Cronbach = 0,74) e confiabilidade interavaliadores variável (variando de 0,12 a 0,67 entre tarefas), refletindo a complexidade dos dilemas éticos. A validade de conteúdo foi estabelecida por meio da avaliação de especialistas, enquanto a validade de construção foi corroborada por correlações significativas entre os cenários individuais e as pontuações gerais (por exemplo, r = 0,683 para o Cenário 7). A análise de regressão revelou que as subescalas que medem a identificação do problema, a sofisticação da explicação e o reconhecimento de valores explicaram coletivamente 99,6% da variância nas pontuações totais, reforçando a robusta validade preditiva do questionário.
Conclusão: A versão portuguesa do EHCQ-2 é uma ferramenta confiável e válida para avaliar a sensibilidade ética entre estudantes de medicina, médicos internos e especialistas. A sua aplicação pode aprimorar programas de educação ética, contribuir para o desenvolvimento curricular e apoiar esforços para aprimorar as habilidades de tomada de decisão ética em futuros profissionais de saúde. Será essencial no futuro explorar a sua utilidade longitudinal e aplicabilidade em diversos contextos culturais.

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