Redução do Estigma Face à Doença Mental Após Frequência de Aulas de Psiquiatria em Estudantes de Medicina Portugueses

Autores

  • Rita Vilar Queirós Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. https://orcid.org/0000-0001-5890-588X
  • Vítor Santos Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Nuno Madeira Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13859

Palavras-chave:

Atitude, Estigma Social, Estudantes de Medicina, Perturbações Mentais, Portugal, Psiquiatria

Resumo

Introdução: O estigma face às doenças mentais é considerado como um dos principais obstáculos à prestação de cuidados médicos a doentes psiquiátricos. Esta problemática não está presente apenas na população geral, mas também entre os profissionais de saúde. Assim, os estudantes de medicina podem ser uma população alvo para a introdução de medidas de prevenção de estigma. O objetivo deste estudo é avaliar a evolução das atitudes dos estudantes de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) face aos doentes psiquiátricos, antes e depois de frequentar as cadeiras de Psicologia e Psiquiatria.
Material e Métodos: Foram distribuídos quatro questionários aos alunos do terceiro e quarto anos do Mestrado Integrado em Medicina da FMUC antes e depois de frequentarem as unidades curriculares.
Resultados: Foi observada uma diminuição estatisticamente significativa dos valores de estigma (p = 0,025) entre as duas medições (38,16 no primeiro momento, 37,72 no segundo). Foram ainda encontradas correlações inversas, quer entre o valor do estigma inicial e a empatia (rP = -0,477), como em relação ao tipo de personalidade, com maiores níveis de abertura à experiência originando níveis mais baixos de estigma (rP = -0,357).
Discussão: Em geral, as atitudes dos estudantes de Medicina relativamente aos doentes psiquiátricos foram positivas, com uma diminuição significativa do valor do estigma do primeiro para o segundo semestre. Estes resultados corroboram a hipótese de que a educação e o contacto com pessoas com uma patologia mental poderão modificar positivamente as atitudes e discriminação contra as mesmas.
Conclusão: Este estudo salienta a importância da implementação de programas nas Faculdades de Medicina com o intuito de reduzir o estigma entre futuros Médicos.

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Publicado

2021-06-30

Como Citar

1.
Vilar Queirós R, Santos V, Madeira N. Redução do Estigma Face à Doença Mental Após Frequência de Aulas de Psiquiatria em Estudantes de Medicina Portugueses. Acta Med Port [Internet]. 30 de Junho de 2021 [citado 19 de Maio de 2024];34(7-8):498-506. Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13859

Edição

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Original