Endocrinopatias Associadas ao Tratamento com Inibidores do Checkpoint Imunológico
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.13673Palavras-chave:
Antineoplásicos Imunológicos, Doenças do Sistema Endócrino, Inibidores de Checkpoint Imunológico, Receptor de Morte Celular Programada 1Resumo
Introdução: Os inibidores do checkpoint imunológico (ICI) são anticorpos monoclonais que permitem aumentar a eficiência do sistema imunitário na destruição das células neoplásicas. Nos últimos anos, estes fármacos têm sido cada vez mais utilizados no tratamento de muitas neoplasias em estadios avançados. Contudo, a alteração da regulação do sistema imunitário induzida por estes fármacos tem como potencial efeito adverso o aparecimento de autoimunidade em praticamente todos os órgãos. As endocrinopatias são um dos eventos adversos autoimunes mais frequentes com estes fármacos.
Material e Métodos: Revisão não sistemática sobre as endocrinopatias reportadas em contexto de tratamento com ICI. Foram pesquisados artigos publicados na PubMed até 31 de janeiro de 2020, selecionados com base na sua relevância e excluídos em caso de conteúdo redundante. Foram utilizados os seguintes termos de pesquisa: “immune checkpoint inhibitor” e “endocrinopathy” / “endocrine system diseases” / “pituitary” / “thyroid” / “diabetes” / “adrenal” / “parathyroid”.
Resultados: Foram já reportadas endocrinopatias com todas as classes de ICI (anti-CTLA-4, anti-PD-1, anti-PD-L1). A disfunção tiroideia é a endocrinopatia mais frequentemente reportada, principalmente sob anti-PD-1 e anti-PD-L1. A hipofisite é a mais prevalente sob anti-CTLA-4. É crescente a incidência de diabetes autoimune neste contexto, principalmente sob anti-PD-1 e anti-PD-L1. Foram reportados também casos raros de insuficiência suprarrenal primária, doença de Graves e hipoparatiroidismo primário.
Conclusão: O conhecimento do espectro de endocrinopatias desencadeadas pela terapêutica com ICI, assim como as suas manifestações clínicas, critérios de diagnóstico e tratamento, é essencial, dada a sua elevada prevalência e o cada vez maior número de doentes oncológicos tratados com estes novos fármacos.
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