Abordagem do Doente com Psoríase pela Medicina Geral e Familiar: Algoritmo de Referenciação e Gestão Partilhada com a Dermatologia

Autores

  • Tiago Torres Departamento de Dermatologia. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Instituto Médico de Estudos Imunológicos. Porto.
  • Martinha Henrique Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar de Leiria. Leiria.
  • Hugo Oliveira Unidade de Fototerapia. Consulta de Fototerapia e Psoríase. Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Madalena Rodrigues Unidade de Saúde Familiar Castelo. Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida. Sesimbra.
  • Paulo Ferreira Unidade de Psoríase. Hospital CUF Descobertas. Lisboa.
  • Paulo Morais Serviço de Dermatologia. Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real.
  • Sérgio Alves Serviço de Dermatologia. Hospital das Forças Armadas. Porto. Portugal.
  • Tiago Castro Lopes Unidade de Saúde Familiar Serzedelo. Agrupamento de Centros de Saúde Alto Ave. Guimarães.
  • Rui Cernadas Serviços de Saúde Ocupacional. Continental Mabor. Lousado.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.13159

Palavras-chave:

Dermatologia, Encaminhamento e Consulta, Medicina Geral e Familiar, Psoríase/tratamento

Resumo

Introdução: A implementação de modelos capazes de melhorar a referenciação, por forma a garantir a qualidade e precocidade do diagnóstico, o melhor tratamento e seguimento do doente psoriático é fundamental.
Material e Métodos: Um painel de médicos de Medicina Geral e Familiar e Dermatologia discutiu e criou um algoritmo de referenciação simples, eficaz e célere de doentes com psoríase.
Resultados: O algoritmo proposto inicia-se quando o clínico de Medicina Geral e Familiar suspeita de psoríase. Caso haja dúvidas no diagnóstico, o doente deve ser referenciado para a dermatologia. No caso de um diagnóstico confirmado, compete ao clínico de Medicina Geral e Familiar avaliar a gravidade e perfil de respondedor do doente, rastrear comorbilidades e a possibilidade de artrite psoriática. Se a psoríase for ligeira, deverão ser iniciados tratamentos tópicos, sendo que, se não houver melhoria clínica ou ocorrer agravamento da doença, o doente deverá ser referenciado para a dermatologia. Se a psoríase for considerada moderada a grave, em localizações de elevado impacto, ou em idade pediátrica, o doente deverá ser referenciado para a dermatologia. Para que o seguimento e tratamento destes doentes seja partilhado, é fundamental que o médico de Medicina Geral e Familiar tenha o conhecimento necessário sobre os tratamentos sistémicos que o doente está a fazer e os seus efeitos adversos.
Discussão e Conclusão: Apenas uma gestão partilhada do doente psoriático poderá tornar possível o melhor tratamento e seguimento destes doentes, a utilização mais racional dos recursos médicos disponíveis, proporcionando ao doente a melhor qualidade de
vida possível.

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Biografia Autor

Tiago Torres, Departamento de Dermatologia. Centro Hospitalar Universitário do Porto. Porto. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Instituto Médico de Estudos Imunológicos. Porto.

Assistente Hospitalar no Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar e Universitário do Porto Professor Auxiliar Convidado, Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto

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Publicado

2021-10-01

Como Citar

1.
Torres T, Henrique M, Oliveira H, Rodrigues M, Ferreira P, Morais P, Alves S, Lopes TC, Cernadas R. Abordagem do Doente com Psoríase pela Medicina Geral e Familiar: Algoritmo de Referenciação e Gestão Partilhada com a Dermatologia. Acta Med Port [Internet]. 1 de Outubro de 2021 [citado 19 de Maio de 2024];34(10):682-9. Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13159

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