Revisão Narrativa sobre a Terapêutica com Agentes Anti-Tumor Necrosis Factor α na Doença Inflamatória Intestinal Durante a Gravidez: Translocação Placentária de Imunoglobulinas e seu Impacto

Autores

  • Joana Roseira Serviço de Gastrenterologia. Hospital de Portimão. Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Portimão. https://orcid.org/0000-0002-5098-8729
  • Jaime Ramos Serviço de Gastrenterologia. Hospital de Santo António dos Capuchos. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.11482

Palavras-chave:

Adalimumab, Doença Inflamatória Intestinal, Fator de Necrose Tumoral alfa, Gravidez, Infliximab

Resumo

Introdução: O melhor preditor de complicações durante a gravidez, na doença inflamatória intestinal, é a atividade da doença. A terapêutica com agentes anti-tumor necrosis factor α atravessa a barreira placentária o que levanta questões relativamente à sua segurança durante a gravidez.
Material e Métodos: Revisão bibliográfica suportada a partir de artigos indexados na PubMed (1958 a 01/2018) sobre a terapêutica anti-tumor necrosis factor α durante a gravidez na doença inflamatória intestinal.
Resultados e Discussão: Os agentes anti-tumor necrosis factor α são eficazes na doença inflamatória intestinal e podem garantir a remissão clínica durante a gravidez. Estes fármacos atravessam a barreira placentária, mas são seguros para a mãe e feto. Neste sentido, as orientações atuais defendem a manutenção terapêutica durante a gravidez para assegurar a remissão clínica. Paralelamente, as mesmas orientações consideram a suspensão terapêutica durante o terceiro trimestre para limitar a exposição fetal ao fármaco. No entanto, esta estratégia não só não previne totalmente a exposição fetal, como aumenta o risco de agudização da doença e da perda de resposta à terapêutica após o seu reinício. Esta exposição fetal não está associada a alterações do desenvolvimento in utero ou neonatal. Ainda assim, uma vez que é possível dosear fármaco no recém-nascido até aos sete meses de vida, recomenda-se adiar a administração de vacinas vivas em recém-nascidos expostos.
Conclusão: Não deve haver discordância na comunidade médica quanto à necessidade de garantir a remissão da doença inflamatória intestinal durante a gestação. Os agentes anti-tumor necrosis factor α devem ser vistos como opções terapêuticas seguras para mãe e feto durante a gravidez.

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Biografia Autor

Joana Roseira, Serviço de Gastrenterologia. Hospital de Portimão. Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Portimão.

Relatório Final de Estágio do 6º ano

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Publicado

2019-04-30

Como Citar

1.
Roseira J, Ramos J. Revisão Narrativa sobre a Terapêutica com Agentes Anti-Tumor Necrosis Factor α na Doença Inflamatória Intestinal Durante a Gravidez: Translocação Placentária de Imunoglobulinas e seu Impacto. Acta Med Port [Internet]. 30 de Abril de 2019 [citado 19 de Maio de 2024];32(4):305-12. Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11482

Edição

Secção

Revisão